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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Quando

-Damáris Lopes -



No móvel do canto, emoldurado,
está lá sorriso debruçado,
sem graça, por súplicas que planto.
No pranto de um canto empoeirado
está lá sonho guardado
sob insônias de luares tantos.

No santo amor em pecado,
está lá segredo declinado
por ansiar doce beijo teu.
No tempo perto, sem espanto,
haverei de te beijar, por certo,
no entanto, quando...quando?

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Nos teus braços

-Damáris Lopes -


Meu fato é teu ato
do abraço que o corpo consome,
como suave ácido corroe
despertando meus sentidos.

Torção nas entranhas
Corro perigo... reviro...
Resta de mim
mera estranha.

Desregrada minh’alma
zera impaciente,
aparente calma.

Lançada ao ar,
não mais ficção,
razão é escalar última camada,
meta pra onde sou atirada.
Infinito pois é meu grito,
sem juízo a me entregar.

Nosso sonho declinado,
no espaço é concreto.

Desfeita em afetos, adormeço
e, nos teus braços, querido,
nem percebo...me esqueço.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Tua Rota

-Damáris Lopes-
A gula desta loba,
disfarce em tuas entranhas,
devora rosa dos ventos,
se esconde entre montanhas.
E lá, fera sem norte,
inquere tua bússola:
qual rota de argila e barro
norteia tua vida,
ou fere tua sorte?
*Após ler um poema de Carlos Couto