- Damáris Lopes -
Está meu corpo ao teu corte exposto
E dissecado encontra-se ao revés
Na leiga ação do coração preposto
Em trato feito, te aceito como és.
Olho nu, assim, detectas minha miopia
E, da mão, a concha que nada segura
Descontrole de quem que te quer todo dia
Em pedaços que sonham tua captura.
A boca denuncia a falta dos limites
E o peito contraditório respira o ar do céu
Ansiedade do coração é tenro palpite
Das veias que brindam o sangue da raiz
Margeando artérias que me permitem réu
Atormentadas e fiéis, me querendo feliz.
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