- Damáris Lopes -
Olha a noite esfuziante
Transporta muda o silencio
Se uivo do lobo atento
Não rompe o movimento
Assim, minutos perpassam
Sob olhares disfarçados
E o choro ali contido
É calado e notívago.
A noite não vadia
Opera guardiã
Pra não deixar o mal
Se instalar na alma vã
Corre escura e poderosa
Com frenéticos olhares
De quem fotografa
Em posição dos ares
Corre escura e poderosa
Como ladra do agente dia
Que desdenha o rei sol
Mas se dobra à lua rainha.
Olha a noite esfuziante
Onde silencio oriundo
Transporta quieto os olhos
Do coração vagabundo.
Corre escura e poderosa
A noite que apaga o dia
Que acende vagalume
E faz parir a boemia.
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