- Damáris Lopes -
Livre a arte do amanhecer
no colo do dia chorão,
apetece minha fome
enraizada na paixão
da grama incomodada
pelo audacioso sereno
cedendo à amarela cilada,
do sol e seu aceno.
Abre o dia fervoso
e, da varanda preguiçosa
vem a vaidade fresca,
pela aragem das entranhas
da mata, morada sapiente,
em mansão lúdica e experta,
do cheiro capim-limão
ao antídoto que acoberta.
Fértil o chão que sustenta
a artimanha do universo,
feixe de leis exóticas e
tramas da mãe natureza.
Afinada orquestra em concerto
confunde física e nostalgia
à química da varanda preguiçosa
quando amanhece o dia.
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