-Damáris Lopes -
Semblante ácido na corredeira do tempo
E um sorriso quadrado esvai-se perdido
Não sombras nem sobras de pensamento
Mas lembrança que ainda provoca gemido
Tenho hoje no ventre arraigadas poses
De um passado que não desfaz e perpassa
Inócuo, projeta gigante arco-íris das dores
Santa embriagues da essência estilhaçada.
Frutos da estação caem em profundo sono
Agora a colheita faz-se operação solitária
Da plantação a dois restou-me seu abono
À saudade que escraviza esta alma operária.
Um comentário:
Vejo uma dor muito forte cortando essa operária!
Lindo poema!
Abraço
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